Como improvisar usando modo Dórico.
– Dórico –
Não começaremos pelo modo jônico porque ele é o sinônimo da
escala maior. Logo, quando falamos escala maior, é o mesmo que dizer “modo
jônico”.
Já estudamos no começo do livro sobre a escala maior.
Vamos então para nosso primeiro modo: Dórico.
Lembra-se que eu falei sobre a importância de conhecer bem
todas as escalas maiores? Que todos os modos gregos da escala maior eram a
própria escala maior, “fora” de lugar?
Chegou a hora de entender isto bem. Vamos lá.
A ideia para você construir cada modo grego é muito
simples, mas antes vou explicar como você vai desenvolver esta técnica. Veja o
modo Dórico abaixo.
Você pode estar se perguntando algo que já ouvi dezenas de
vezes enquanto educador. Porque dórico é ré? Porque não poderia ser dó dórico,
ou mi dórico?
Ok, lembra-se que todos os modos derivam da escala maior?
A escala de Dó Maior serviu apenas de parâmetro para a
construção destes modos. Você vai ver que existe C dórico, Bb dórico e etc. A
questão de começarmos com D dórico é porque ele é a própria escala de C maior.
Como não existem sustenidos nem bemóis na escala de C, é
bem mais fácil de entender e visualizar.
Então pense comigo agora. Se uma escala não possui
acidentes qual é a tonalidade?
Exato! Dó maior. Ou....Ré dórico!
O que isto quer dizer então?
Quer dizer que toda vez que você quiser tocar D dórico você
vai pensar na escala de C maior porque elas tem a mesma armadura de clave.
Ok. E se eu quiser tocar E dórico como faço?
Como eu expliquei lá no comecinho do livro, tudo que
acontecer em C vai acontecer em qualquer tonalidade.
Então aqui vai o raciocínio:
Se D dórico é igual a C maior, então isto quer dizer que
qualquer dórico eu construo pensando um tom abaixo.
Veja abaixo:
D dórico é C maior
E dórico é D maior
A dórico é G maior
Conseguiu visualizar? Se ainda não conseguiu veja a
armadura de clave da escala de C maior e a de D dórico. Não são idênticas?
Logo toda vez que você quiser um dórico, pense na escala
maior 1 tom abaixo.
Então D dórico é C maior começando da nota ré.
Agora pense comigo.
Se improvisar sobre D dórico é o mesmo que improvisar sobre
a escala de C maior, o que acrescentaria de “colorido”?
Nada!
Por que?
Porque se estamos em C maior e faço um improviso em D
dórico, significa que eu continuo tocando a mesma escala, pois C Maior = D
dórico.
Então o que fazer com este Dm7, se eu disse que
posso usar dórico em qualquer acorde menor com 7ª?
Exatamente. Você pode usar dórico em qualquer acorde menor
com 7ª.
Só que se o seu dórico for o 2º grau da tonalidade,
significa que você ainda está no mesmo tom, como foi nosso caso acima. Tocamos Dm7
que é o 2º grau da escala de C. Por isso não vai surtir nenhum efeito especial.
Portanto teste em outras tonalidades e veja o resultado.
Valeu!
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www.samuelquinto.com | All About Jazz — Editor | Royal Society of Arts — UK | PFMC, NFMC — USA/United Nations | International Council for Traditional Music — Unesco/Worldwide | American Council of Piano Performers — USA | Honorary Consul ADMIR | Ambassador NOHE | Fritz Dobbert/Kawai Pianist
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About Samuel Quinto:
Samuel Quinto Feitosa, FRSA (born September 5, 1973) is a Brazilian pianist of jazz, pop, gospel, and classical music, as well a conductor, music producer, composer, arranger, educator, and writer who has lived in Portugal since 2004. Quinto grew up in Salvador, where he developed his art mainly on piano. He is a His Excellence Honorary Consul by American Diplomatic Mission of International Relations and Ambassador by Noble Order for Human Excellence.
Maestro, Composer, Pianist, Writer and Educator
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