Let's Swing!

– Let’s swing
by Samuel Quinto


Um dia um amigo me perguntou se eu tocava blues. Isto aconteceu quando eu estava na escola ainda, lá pelos anos 80 e poucos. Você pode imaginar que não existia ainda PC, Internet, TV a cabo, Wi-fi, CD, DVD, etc. e que a maior parte da fonte de conhecimento sobre música global onde eu morava, vinha dos 4 ou 5 canais de TV disponíveis e algum programa de rádio, que não era o meu caso pois eu não ouvia rádio(rs).
Ele me perguntou isso porque sabia que eu tinha habilidade para tocar alguns instrumentos, sendo o principal o piano, e sabia também que eu possuía um bom ouvido. Daí eu disse que não sabia o que era blues, ele então me emprestou uma fita K7 do Pink Floyd e disse assim: Isto é blues!

Eu ouvi aquele álbum por muito e muito tempo pensando que era blues(rs).
O álbum? Ah! Era “The Wall”.
Tirei todos os solos de guitarra e dizia pra todo mundo que eu sabia tocar blues. Que felicidade!
Um dia ouvi na rádio globo FM em Salvador(que era onde vivia com minha família), um programa dedicado ao blues.
Imagine o tamanho do susto!
Aquilo era totalmente diferente do “blues” que eu sabia tocar. Daí fui anotando algumas coisas que aconteciam nas músicas `a medida que elas iam sendo tocadas.
Que legal! Tem um padrão! Achei que tinha descoberto a pólvora(rs). Se fosse hoje em dia eu teria corrido pro computador pra ver técnicas ou shows no Youtube.

Esta história eu conto somente para demonstrar que se um menino do ginásio conseguiu perceber um padrão, qualquer músico, quer estudante ou profissional, que tente enveredar por esta trilha do jazz, que se inicia com o blues, conseguirá entender a essência do estilo e começar a ser um jazz improviser (vou sempre acrescentar termos usados em inglês para você se habituar com a linguagem que rola no meio) com as ferramentas que passarei da forma mais simples e eficaz possível.

Sabe porque resolvi escrever este e-Book?  Por 2 motivos básicos.

#1   – Por observar a dificuldade que a maioria dos estudantes e músicos tinha de entender a didática de alguns livros “clássicos” sobre harmonia e improvisação, que são ótimos livros e excelente material para pesquisa. Garanto que você conseguirá ler estes mesmos livros depois com maior facilidade.
Afinal você até decora formas, modos, escalas, acordes, grooves, entenda bem este verbo decorar, pois infelizmente muito do que você decora, com o tempo você esquece não é mesmo? Isto acontece comigo também. Minha memória é terrível! Minha mulher que o diga(rs).
Meu pai já me disse várias vezes “o ser humano precisa mais ser lembrado do que ensinado”. Agora entendo que isto é uma verdade bem prática.
Por isso o que tentarei passar para você é o raciocínio lógico, que você ENTENDA a essência e não DECORE, para não ser traído por sua memória como eu fui tantas vezes.

#2   – Porque dou aulas a mais de 20 anos, e sempre, onde quer que eu vá, eu percebo sempre as mesmas questões que mostrarei já a seguir.
Selecionei algumas destas dúvidas que mais tenho respondido ao longo da minha carreira como músico e educador. Talvez uma delas seja a sua.  Eu espero te ajudar bastante a acabar com elas.

Aqui vão algumas:

Como improvisar? O que é o Jazz? Como faço walking bass? O que devo escutar para começar a entender Jazz/Blues? Porque a colcheia é diferente no Jazz? Como um pianista/tecladista usa a mão esquerda? Quais são o licks/clichês que caracterizam Jazz ou Blues? Qual a diferença entre os dois estilos? Jazz é um ritmo? Porque não entendo nada do que está acontecendo? Improvisar é inventar na hora?  Como criar fraseado? O que é swing feeling? Como uso os modos gregos? O que é Shuflle, swing e straight? O baterista precisa saber harmonia? Existe diferença entre cantar Jazz e cantar Blues? O que significa II-V-I? O que é turnaround? O que é Latin Jazz?

E por aí vão...

Se sua dúvida por acaso não aparece na lista, não se preocupe, a lista de perguntas é enorme, só listei as mais frequentes. Além do mais você poderá escrever sua dúvida e/ou sugestão através do meu site www.samuelquinto.com.
Eu ficaria muito feliz em poder te ajudar, pois entendo bem o que você sente, eu vivi o mesmo, sendo que numa época difícil por não termos a fantástica internet.

Ah! Tem até um fato engraçado que aconteceu comigo. Uma amiga de infância que é pianista erudita uma vez me falou assim: Agora já sei o que é jazz!

Então eu perguntei pra ela o que era. Ela disse “quando eu não entendo nada o que está tocando é porque é jazz.”

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www.samuelquinto.com | All About Jazz — Editor | Royal Society of Arts — UK | PFMC, NFMC — USA/United Nations | International Council for Traditional Music — Unesco/Worldwide | American Council of Piano Performers — USA | Honorary Consul ADMIR | Ambassador NOHE | Fritz Dobbert/Kawai Pianist

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About Samuel Quinto:
Samuel Quinto Feitosa, FRSA (born September 5, 1973) is a Brazilian pianist of jazz, pop, gospel, and classical music, as well a conductor, music producer, composer, arranger, educator, and writer who has lived in Portugal since 2004. Quinto grew up in Salvador, where he developed his art mainly on piano. He is a His Excellence Honorary Consul by American Diplomatic Mission of International Relations and Ambassador by Noble Order for Human Excellence.
Maestro, Composer, Pianist, Writer and Educator


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